Ir direto para menu de acessibilidade.
Início do conteúdo da página

Professor Paulo Jorge Moraes Figueiredo, IFSP-Campus Piracicaba, lança livro analisando aspectos ambientais, energéticos e tecnológicos

Escrito por Marcelo Scomparim | Publicado: Terça, 12 de Novembro de 2024, 07h00 | Última atualização em Terça, 12 de Novembro de 2024, 07h00 | Acessos: 42

Professor Paulo Jorge Moraes Figueiredo, do Instituto Federal de São Paulo (Campus de Piracicaba), lança livro analisando aspectos ambientais, energéticos e tecnológicos, associados ao ciclo de vida do combustível nuclear utilizado nas usinas brasileiras.

 

Acaba de ser lançado o livro de autoria do Prof. Dr. Paulo Jorge Moraes Figueiredo, com o título “ANÁLISE DO CICLO DE VIDA DO COMBUSTÍVEL NUCLEAR BRASILEIRO: Um balanço do período 2023-2024, associado à recarga de Angra 2”. Trata-se da aplicação de uma metodologia de avaliação ambiental, energética e tecnológica, à uma complexa rede de processos, associados à geração de energia elétrica a partir da tecnologia nuclear adotado no Brasil.

Esta publicação, decorre do mais recente Pós-Doutorado do autor, realizado junto ao Programa de Engenharia Nuclear da Universidade Federal do Rio de Janeiro – COPPE/UFRJ, no período de março de 2023 à fevereiro de 2024.

Na análise elaborada, são consideradas todas as etapas do ciclo do combustível nuclear, desde a extração do minério até as etapas posteriores ao consumo do combustível, com a deposição provisória do combustível irradiado e a gestão dos demais rejeitos nucleares e resíduos gerados nos processos. O referido ciclo tem início na extração e no beneficiamento do minério contendo urânio, passando pela produção do concentrado de urânio, pela conversão do concentrado em hexafluoreto de urânio (UF6), pelo enriquecimento do UF6, pela reconversão em dióxido de urânio (UO2), fabricação das pastilhas e do combustível nuclear. Após a etapa de produção do combustível, é feita uma avaliação termodinâmica da usina, onde a energia nuclear é convertida em energia térmica que, por sua vez, é convertida em trabalho na turbina e

em energia elétrica no gerador elétrico. A análise é concluída na etapa de gestão de resíduos e rejeitos nucleares decorrentes da operação de Angra 2, com a condução do próprio combustível nuclear pós-utilizado, para a piscina de combustíveis irradiados e posteriormente para o armazenamento a seco em área da própria usina.

A aplicação do modelo proposto à realidade brasileira, contempla as características das opções tecnológicas de cada etapa do ciclo e os fluxos de matéria e energia mais relevantes, possibilitando a análise de alternativas para problemas ainda não solucionados em nosso programa nuclear, além de preparar informações para analises mais abrangentes sobre as influências ambientais e riscos, decorrentes das modalidades tecnológicas adotadas no país.

Trata-se de uma análise ainda preliminar, com muitas lacunas, mas que tem a pretensão de incentivar o envolvimento de novos pesquisadores sobre o tema, com o intuito de contribuir para o desenvolvimento deste setor na busca de sistemas de geração de energia elétrica mais adequados a uma realidade ambiental que se agrava a cada dia.

 

registrado em:
Fim do conteúdo da página